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Pequenos Momentos

Um blog com tudo o que me vem à cabeça.

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Qui | 28.03.19

Incompatibilidade das carreiras com os finais felizes: será verdade?

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Para aqueles que têm uma relação ou começaram uma relação numa tenra idade, em que ainda se estão a definir as suas escolhas, é provável que algumas vos levem para caminhos distintos. As vossas escolhas passam então a ser ponderadas conforme aquilo que estão dispostos a abdicar, se da relação, da vida ou carreira que sonharam, ou do facto de estarem juntos diariamente.

Por mais que se diga que não vão ter de abdicar de nada, isso é mentira, desde o momento em que começamos a decidir por nós próprios que abdicamos sempre de algo para ter outra coisa ou seguir outro caminho. Isto acontece com tudo, se decido ir jantar fora, então abdico de um bom jantar em casa, por exemplo.

À medida que vamos crescendo essas escolhas tornam-se cada vez mais importantes e, por vezes, difíceis de tomar, principalmente quando se está numa relação. Muitos falam na incompatibilidade entre a relação e a carreira de sonho. Na minha modesta opinião isso não é verdade, se a outra pessoa estiver disposta a apoiar essa escolha e ela própria a abdicar de algumas coisas, como por exemplo do tempo que estão juntos, então sim, é possível. 

Estamos num mundo em que ainda existem companheiros/as que incentivam os seus "mais que tudo" a perseguirem o que os faz felizes, até porque isso também pode trazer bem-estar e felicidade para a relação.

Por outro lado, quando se abdica do tempo ou de ver essa pessoa diariamente, o caminho começa a ser mais difícil, ainda assim não é impossível. Apesar de não haver nada como estar fisicamente com a outra pessoa, as tecnologias que existem atualmente, já nos permitem comunicar e vê-la todos os dias, mesmo sem estar ao pé dela. As relações à distância são cada vez mais comuns e existem mil e uma formas de ultrapassar isso, para não falar que acaba também por fortalecer a confiança que têm um no outro.

No caso específico das mulheres, todos os dias se vê casos de maus tratos, o número de vítimas de violência doméstica tem vindo a subir drásticamente, assim como o de divórcios. Para além disso, conceitos como o poder feminino e a igualdade de género são cada vez mais falados. As mulheres ambicionam mais. Ambicionam a sua independência, a sua carreira de sonho, ter os mesmo direitos que os homens, no fundo, ter uma liberdade total. E no meio disso, o amor pode começar a ser desacreditado, quando se apercebem que não querem estar dependentes de outra pessoa, pois a vida a dois tem de estar em sintonia com as escolhas e decisões de ambos.

Contudo, ainda há pessoas por quem vale a pena lutar, ainda existem finais felizes e talvez, por ser cada vez mais raro isso acontecer, é que merece que lutem por isso. Nem sempre uma carreira brilhante é o que nos traz mais felicidade. E às vezes aquele concelho do "se abdicares disso, um dia podes acordar sem o que abdicaste e sem a pessoa por quem lutaste", é apenas uma falácia. Nem sempre isso acontece, e em certas situações essas escolhas permitem que efetivamente tenham um final feliz. 

Todavia, a vossa escolha pode passar apenas por ter a carreira de sonho e a pessoa que amam, ao vosso lado. Se isso acontecer então é porque escolheram a pessoa certa, pois também ela vai estar a abdicar de algo para vos apoiar.

Qua | 27.03.19

Um Feliz Acaso

Faz quatro anos, sim isso mesmo, faz quatro anos que te conheci na viagem mais alucinante da minha vida e que tanto me deixa saudades. Faz um ano em que a nossa vida passou a ser partilhada nesta relação que hoje vivemos.

Foi entre um mar azul e um céu pouco estrelado que nos apaixonamos, que assistimos o nascer do sol, da mesma forma que assistimos o nascer do nosso amor. Foi um acaso, um feliz acaso que nos uniu, logo eu que não acredito em acasos, mas aconteceu. Foi um acaso que me levou para fora do meu país para te conhecer, para te amar, no fundo, para te abrir o meu coração. Foram os teus pequenos toques e as tuas pequenas ações que me fizeram apaixonar por ti.

No lugar onde existiam centenas de pessoas adeptas dos "romances modernos" de pouca duração e ao som da música eletrónica. Neste mesmo lugar estavas tu tentado a um desses romances até perceberes que eu não seria um deles, até perceberes que eu exigia mais do que uma música eletrónica, até aperceberes que eu preferia a dita "moda antiga" composta pelos beijos na testa e pelos pequenos atos de cavalheirismo. Foi nesse preciso momento que percebeste que eu não seria uma rapariga qualquer e que, por isso, a nossa (futura) relação não seria uma relação qualquer.

Parecia que tudo tinha sido planeado para que os nossos destinos se cruzassem sem que déssemos por isso, e ainda bem que assim foi. É engraçado como as coisas acontecem quando menos esperamos e nos sítios onde menos esperamos, mas se a vida fosse previsível seria fácil vivê-la. Foi esta imprevisibilidade que nos juntou e foram os seus obstáculos no caminho, até chegarmos onde estamos hoje, que nos fortaleceram, eu sei disso agora. Na altura não sabia, deveria ser por isso que estava tão perdida, mas com o tempo encontrei o meu lugar, ao teu lado.

O caminho não foi fácil, cheio de altos e baixos, o que nos levou a uma aprendizagem em conjunto. Por isso, agora que passaram quatro anos, espero que saibas que eu não sou e nunca serei apenas um “romance moderno”.

 

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